Sobre nós

O Centro Espírita Luz Eterna tem uma história diferente das outras casas espíritas: nasceu numa estrebaria! Desativada e adaptada, é claro! Alguns meses depois, a estrebaria ficou pequena para receber o número crescente de frequentadores, e a sede do CELE passou a ser um porão!

Mas vamos ao início dessa história: o Centro Espírita Luz Eterna foi concebido exatamente no dia 4 de abril de 1947, quando os irmãos Sinibaldo, Geraldo e Mirtilo Trombini, membros de uma respeitadíssima família paranaense, receberam a visita de um velho amigo e confrade, Antônio Gonçalves Filho, mais conhecido por Toni. O encontro foi na antiga Casa Raymundo, uma casa comercial de propriedade dos irmãos Trombini, situada na então Avenida Pilarzinho, hoje Avenida Desembargador Hugo Simas.

Os quatro eram velhos conhecidos de Morretes, litoral paranaense, onde iniciaram juntos suas lides espíritas. No bate-papo que se seguiu, surgiu a idéia de uma sessão mediúnica. “Aceita por todos e efetivada minutos após com resultados confortadores”, diria mais tarde Sinibaldo Trombini, no 25º aniversário do CELE. “Passados dias, nós, os irmãos Trombini, sentimos a necessidade de novas reuniões, concretizadas já com convites a companheiros e amigos. Faltava uma sala para abrigar, tempos depois, mais de duas dezenas de praticantes. Surgiu então a idéia de transformarmos a velha estrebaria, existente na dita Casa Raymundo, em um salão que, mesmo precariamente, pudesse atender as reuniões do grupo em formação”.

Quatro meses se passaram e, em 1º de agosto de 1947, na presença de um grande número de pessoas, era organizado o “Centro Espírita Luz do Céu, Luz Eterna”, denominação sugerida por espíritos comunicantes e prontamente aceita por todos. Escolhida e empossada a primeira Diretoria, a proposição apresentada a seguir e aprovada de imediato foi a filiação do Centro à Federação Espírita do Paraná. Mais alguns meses e, não mais sendo possível manter o Centro na estrebaria, o Sr. Augusto Suckow ofereceu os porões de sua propriedade, também casa comercial, situada em frente a Casa Raymundo.

Somente nas festividades do primeiro aniversário, festejado a 4 de abril de 1948, surgiu a idéia da compra de um terreno para instalação definitiva do endereço do CELE. O negócio foi concretizado com a ajuda da Federação Espírita do Paraná.

As três vocações do CELE

O CELE iniciou suas atividades organizando um grupo de estudos da doutrina e prática da mediunidade. Parece que desde o início sua principal vocação foi o estudo doutrinário. Poucos dias depois, foram organizados dois grupos de atendimento mediúnico, com passes e receituário. Finalmente, em 9 de maio de 1952, o CELE enveredava pela sua terceira vocação: a promoção social. Na época, foi fundada a União Assistencial Dr. Joaquim Trajano dos Reis, que funcionou durante três anos e foi sucedida pela União Assistencial aos Necessitados – UAN. Em 1971 as atividades de promoção social do CELE passaram a ser desenvolvidas como um departamento do Centro.

Nossos Valores

Valorização dos três pilares do Espiritismo: Ciência, Filosofia e Religião. Valorização do estudo como fonte de reflexão e obtenção de novos conhecimentos. Prática efetiva do bem, do amor e da caridade.

Nossa Missão

Praticar e difundir a Doutrina codificada por Allan Kardec com seriedade e responsabilidade.

Um período de mudanças

Por volta de 1965, o Centro Espírita Luz do Céu, Luz Eterna passou por profundas modificações. Sinibaldo Trombini nos conta como foi: “Em palestra com nosso companheiro Hugo Marçal, soubemos da existência de um grupo de espíritas jovens que necessitavam de um local para se reunirem e se dedicarem à doutrina espírita. Conversamos com o mano Geraldo, e com os irmãos Arthur e Rubens Mômoli, para acolhermos em nosso Centro esse grupo, a fim de provocarmos uma renovação que somente poderia beneficiar-nos. Já éramos conhecidos como ‘donos do Centro’, pois a referência para esta casa era ‘Centro dos Trombini’. Isso não ficava bem e, se nos mantivemos muitos anos na administração o foi, unicamente, pela exigência de nossa participação”. O fato é que, um grupo de jovens dinâmicos, citando-se, principalmente, Alexandre Sech, Célio Trujilo Costa, Neuton e Ney Paulo de Meira Albach, Hilton Gomes da Silva, Maria Tereza Albach, Maderli Silveira Sech, Teinar Alice Alves Costa, somando-se a alguns frequentadores antigos, como os Trombini, os Mômoli, Luiz Gobel Júnior e Anna Aurélia Born Gobel, passaram a imprimir ao CELE suas características que perduram até hoje.

As mudanças começaram a sentir-se com a modificação do nome da instituição para Centro Espírita Luz Eterna, com a elaboração de novos Estatutos e com a reorganização geral dos trabalhos mediúnicos. Foi criada a Escola Espírita de Evangelização, funcionando até hoje com a denominação de Infância Espírita, e a Mocidade Espírita Obreiros do Bem, posteriormente, Mocidade do Centro Espírita Luz Eterna.

Em reunião de Diretoria de 24 de abril de 1966, Neuton de Meira Albach apresentou a sugestão para criação de uma “Escola de Médiuns”. Em 10 de junho de 1968, falou-se pela primeira vez em fazer um centro de estudos sobre mediunidade. Finalmente, em 6 de fevereiro de 1970, iniciou-se o Centro de Orientação e Educação Mediúnica – COEM, sem dúvida a maior contribuição do CELE para o movimento espírita.

Mas, antes da elaboração definitiva do COEM, vários programas teóricos foram iniciados, reaproveitados posteriormente, em 1981, na elaboração do Programa Básico de Doutrina Espírita – PBDE, outra grande contribuição do CELE. Paralelamente a isso, o CELE elaborou, aplicou e publicou “Seminários sobre o Passe”, “Seminários para Dirigentes de Trabalhos Práticos” e outros trabalhos.

Além disso, as sucessivas gerações de jovens da Mocidade do CELE tiveram intensa participação no Movimento Espírita, colaborando na criação do Programa de Estudos da Doutrina Espírita Para as Mocidades – PEDEM (1972), com ampla repercussão; publicação de jornais como “Evos de Paz” e “Semeando”; realização de eventos como “O Século de Kardec” (1987); e movimentos dinamizadores como o “Novos Rumos” (1988 a 1990).

As Mudanças

Décadas depois...

Nessas mais de cinco décadas de existencia, o CELE recebeu a visita de inúmeras personalidades, destacando-se: Arthur Lins de Vasconcelos Lopes, ilustre líder espírita; Armando de Oliveira Assis, Presidente da Federação Espírita Brasileira; Divaldo Pereira Franco, José Jorge e Newton Boechat, excelentes oradores; Henrique Rodrigues, engenheiro eletrônico, excelente polemista espírita; Antonio César Perri de Carvalho, presidente da Federação Espírita Brasileira; Hamendras Nat Banerjee, conhecido estudioso indiano da memória extra-cerebral; Clev Bekster, pesquisador americano da sensibilidade das plantas; Hernani Guimarães Andrade, nosso mais famoso parapsicólogo, assim como caravanas de espíritas de diversos países.

As reuniões mediúnicas produziram volumoso material de mensagens psicografadas, que serão oportunamente publicadas, algumas assinadas por entidades cujos nomes constam de obras espíritas, e outras que marcaram época no movimento espírita brasileiro.

Passados 66 anos de sua fundação o Centro Espírita Luz Eterna continua empenhado em realizar suas atividades de modo a Praticar e difundir a Doutrina codificada por Allan Kardec com seriedade e responsabilidade.”

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